Paciente: Angelique
Trancada, uma camisa de força. Havia loucura lá dentro? A partir de que ponto a realidade que acreditamos passa a ser loucura? Quando uma maioria do mundo determina? E se estamos cansados de ver as maiorias errarem, em todos os âmbitos da vida? Fica difícil acreditar nelas então. Se sou bruxa, coloquem-me no fogo. Se sou transgressora da ordem, enforquem-me. Se sou louca e não posso responder pelos meus atos, enterrem-me. Para quê andar do mesmo lado que os outros? Eu não sou o outro. Não sou todo mundo, nem ninguém e, talvez, nem seja eu. Só quero saber as coisas do jeito que sei, aprender do jeito que aprendo, viver do jeito que vivo, ser do jeito que sou.
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tenho as mãos sangrando por não poder alcançar o que quero, então elas se castigam. As unhas grandes ferem a pele. Escuto sons e vejo coisas que gostaria que fossem para mim, mas não são. Aqui só sou eu e o escuro. Ele é meu, me pertence. Vivo só com as minhas verdades. Não sei de onde tiro estas frases, nem quem as escreve, porque eu não posso fazer isso. Não posso fazer nada. Só tentar não sentir meu corpo, ele dói. Dói saber que ele vive me prendendo e que quando ele me soltar, já não estarei mais aqui. Eu não quero mais pensar, acabou, não mais, não mais...
Trancada, uma camisa de força. Havia loucura lá dentro? A partir de que ponto a realidade que acreditamos passa a ser loucura? Quando uma maioria do mundo determina? E se estamos cansados de ver as maiorias errarem, em todos os âmbitos da vida? Fica difícil acreditar nelas então. Se sou bruxa, coloquem-me no fogo. Se sou transgressora da ordem, enforquem-me. Se sou louca e não posso responder pelos meus atos, enterrem-me. Para quê andar do mesmo lado que os outros? Eu não sou o outro. Não sou todo mundo, nem ninguém e, talvez, nem seja eu. Só quero saber as coisas do jeito que sei, aprender do jeito que aprendo, viver do jeito que vivo, ser do jeito que sou.
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tenho as mãos sangrando por não poder alcançar o que quero, então elas se castigam. As unhas grandes ferem a pele. Escuto sons e vejo coisas que gostaria que fossem para mim, mas não são. Aqui só sou eu e o escuro. Ele é meu, me pertence. Vivo só com as minhas verdades. Não sei de onde tiro estas frases, nem quem as escreve, porque eu não posso fazer isso. Não posso fazer nada. Só tentar não sentir meu corpo, ele dói. Dói saber que ele vive me prendendo e que quando ele me soltar, já não estarei mais aqui. Eu não quero mais pensar, acabou, não mais, não mais...
4 comments:
"Só quero saber as coisas do jeito que sei, aprender do jeito que aprendo, viver do jeito que vivo, ser do jeito que sou."
perfeito. bom, muito bom. mas triste muito triste.
sorte.
de nada ;)
são falidos mas valem a pena. nós sempre aprndemos como eles, ruim é constatar que ficar sem eles é ainda pior. Mas tudo há de se arranjar.
:**
Acho que deveria ter um botãozinho pra gente evitar os pensamentos que nos fazem sofrer. Às vezes eu também quero não pensar. Por outro lado, é bom esvaziar a torneirinha dos pensamentos de uma vez, só assim eles não voltam.
Lindo o seu texto, sensível e delicado como vc.
P.S.: "Deixa disso, menina, vc é bonita!" hahaha ;)
P.P.S.:Acreditas em coincidência? Tô escrevendo esse comment ao som de Tânia Mara, a Melhor - "Se quiserrrrrrrr!"
=*
Seja você, mesmo que seja estranho, seja você, mesmo que seja bizarro bizarro bizarro!! hehe
Esse texto me fez pensar uma coisa. Quando pensamos "meu Deus, eu não tenho ninguém" há aí um grande peso de esperança e desejo de ter alguém, mas, e isso é uma grande verdade, é solidão é própria do homem, nunca se deixa de estar só, porque sónós mesmos sentimos o que sentimos como sentimos, e até nós mesmos, e assim mesmo, não nos conhecemos por completo!!!
Como já disse Roberta Sparrow no filme "Donnie Darko" (ao como eu amo esse filme): "Toda criatura viva na Terra morre sozinha!". E isso não é pessimismo.
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