7.11.06

Algo

Algo está parado no peito.
Não há medos, anseios,
amores, esperanças,
desejos, segredos,

Nada. Está parado e só.
Uma rocha, que sofre a ação do tempo
e que não muito tarde virará pó.

6.11.06

Acordou desesperada por um bar e ainda eram oito horas da manhã. Aonde iria, o que faria, até chegar um horário mais propício a este tipo de coisa? Afinal, ela não era alcóolatra, não ia caçar um boteco aberto assim tão cedo, nem filar as bebidas do pai.
Queria um bar e tudo o que ele proporciona [ou pode proporcionar]. Não só a bebida, também a conversa com amigos, rostos novos, rostos antigos, alguns idiotas, "algum" interessante, música, ar puro. Sentia-se mofando, mas também com uma certa dificuldade de sair daquele mofo. Tanto que adoecia. A cada duas semanas que passava, pá, pum, lá estava de cama, sem respirar, com olho inchado, febrão... tão decadente, minguando. Muito sangue na veia estava fazendo mal.

- Garçom, álcool e gente interessante, que não fale só bobagens... pode ser? Obrigada!

5.11.06

Não a/há tristeza

indo para aqueles que não têm vida
sente a linha da morte, por não ter quem a toque
veja a loucura que a solidão deixou na pele, minha querida
não chore, meu bem, não pode

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Aspirante a jornalista e fotógrafa... faz uns versinhos por aí.