22.9.06

Braços de poltronas acolchoados, pipoca sabor barbecue, amizade e poesia

Isso mesmo. O título é um resumo da minha terça e da minha quinta-feira.
Terça
Programa: Árido Movie, Cine Sesi Pajuçara
Pessoas envolvidas: Carol, Larissa e Ramiro (ordem alfabética pra ninguém brigar)
Após manhã chata, compromissos desmarcados e um x-bacon, chego eu com, 50 minutos de antecedência, no cinema. Espera, espera, espera e... observa pessoas interessantes e... espera mais um pouco. Liga, "estamos a 10 minutos daí". Dez minutos depois, chegam, sorridentes de mãos dadas, Carol e Ramiro. Abraços, saudades para matar. Comprar ingresso, chega Larissa, comprar ingresso de novo, entra, o filme já vai começar, espera a pipoca sair, "lanterninha" faz brincadeira, Larissa adiantada entra, pipoca sai, "hmm, gosto de carne".
Entrar no cinema, "não vou sentar não, não enxergo nada", um celular brilha na escuridão, nos aguarda nosso lugar. Cadeiras fofas, a descoberta do ano: poltronas com braços acolchoados! Que maravilha, só vou ao Cine Sesi agora. Filme bom, risadas [altas demais para um cinema quase vazio], vontade de deitar no palco em frente ao telão, mais risadas, contemplações com expressões lingüísticas usadas, estranhamento no final... mas tudo certo, foi bom. Luz, acende, créditos, banheiro, risada, ponto, casa. "James", a menina quer mais Cine Sesi. "Quero mais!".
Quinta
Programa: Casa do Ramiro
Pessoa: Ramiro
Acorda e prepara tudo: câmera, LP do Pink Floyd, abridor de vinho "o deus". Trabalho, trajeto pelo comércio até a Somurb - abrigo de proteção anti-áereo: encontrar com Ramiro. Ônibus semi-cheio até o reduto das casinhas de boneca, e elas são lindas, quero uma igual quando crescer =) Fazer almoço, quase colocar fogo na casa com o arroz, queimar o dedo e, o mais importante: observar o Ramiro fazer quase tudo rs [mas eu perguntei se queria ajuda kkk]. Almoçar como canhota, porque o polegar direito estava permanentemente encostado em algo gelado. Comida deliciosa, suco de pitanga e vinho, hmm! Subir escadas, ver o jogo e ler Bizz ao mesmo tempo, ver Miro sofrer [ainda tem o bronze, calma!]. Escutar músicas que eu nunca reconhecia, tirar fotos, querer ficar em pé no balcão da janela [um dia eu ainda fico], escrever [ou pelo menos tentar]: poesias aqui, acolá, nossa conversa está me ajudando a vencer essas minhas frescuras de depreciação e perfeição.
Conhecer mãe, irmã, ler trechos de livro, comer coxinha com fanta, escremer a última poemeta e ir-me =( Dia bom, muito bom, que eu peço uma segunda dose dele, mais solta literariamente dessa vez, por favor rs, para aos poucos produzirmos algo maior.
Algo do que foi feito ontem:
{Corrida de Saco}
O amor é um saco de estopa
que as crianças brincam
de corrida.
{Joguinho de Cartas}
Enquanto você joga Paciência,
eu jogo a minha paciência
aqui do seu lado.
Amigos "inseparados".
{Amigo Hendrix I}
E aquele acorde que era você,
agora é eco frio,
Não queima mais
como as cordas de Hendrix.
{Amigo Hendrix II}
Hey Joe,
aonde você vai
com essa menina nas suas mãos?
Hey Joe,
você vai perdê-la de mim.
{????}
Estas noites que trago no rosto
são só um pouco
do que você mais não é.
{Canibalismo}
Deixa-me comer tua boca,
sangrando tudo, bem devagarinho,
mastigar todos os seus dentinhos?
Por favor, só um pouquinho!
{Atenção}

Olha, já tenho uma página
de versos idiotas.
Olha, já tenho uma página,
Mas você nem nota.
{.passageira.}
Sinto-me como nuvem nublada,
Daquelas que todos juram que vai cair.
Mas ela não cai, só passa e passa...
Até mais nunca, partículas molhadas.
{FECHAfechafechaFECHAfLeCHA}
Esta FECHA* fecha
o dia que a flecha
oassou de raspão
e levou um pedaço
do meu... pulmão.
{desde esse dia em diante
eu não respiro mais você,
só suspiro}
{Fome}
Vamo comer coxinha?
Vamo.
Vamo!
{Indo}
É momento de ir
às horas fechadas da minha casa.
Tchau, tchau tempo de açúcar,
que se desfaz em caramelo.
f.i.m.

19.9.06

sem nome

A pior saudade
é aquela que o corpo sente
Do outro corpo
abraçando a gente.

[A lágrima cai
que dói]

Amanda Nascimento

17.9.06

De tudo

Tenho cores de tudo.
Tenho imagens de tudo.
Tenho palavras de tudo.
Tenho sons de tudo.
Tenho idéias de tudo.
Tenho sono de tudo.
Por isso durmo

e enquanto isso se realizam as coisas mais fantásticas.

Amanda Nascimento

[ ]

Aspirante a jornalista e fotógrafa... faz uns versinhos por aí.