Vinda de não sei onde, não queria mais estar só. Sentia uma dormência no corpo, um não sentir eterno. E era como se não a vissem. Permanecia, mas detestava essa tal de empatia, que permite que saibam que você está, que é agradável, mas nada mais que isso, não causa paixão nem asco. Gostava de extremos. Ou é demais, ou é de menos, mas não fique no meio. Isso é insuportável, o meio. Ainda assim se pegava cometendo esta falha do “não trepa nem sai de cima” às vezes.
O que ela pensava nestes dias não tinha uma linearidade. Ela sabia que ela era, era triste porque não a viam como ela se via, como queriam que a vissem. Ela tinha orgulho e se retirava, ainda que se sentisse estúpida, que o coração sangrasse, que a lágrima descesse, jogava tudo para o fundo de qualquer lugar, engolia em seco e não se despetalava.
O que ela pensava nestes dias não tinha uma linearidade. Ela sabia que ela era, era triste porque não a viam como ela se via, como queriam que a vissem. Ela tinha orgulho e se retirava, ainda que se sentisse estúpida, que o coração sangrasse, que a lágrima descesse, jogava tudo para o fundo de qualquer lugar, engolia em seco e não se despetalava.
[Foto e texto: Amanda Nascimento]